segunda-feira, 20 de julho de 2009

ESPAÇO TRANSFORMAÇÃO
WORKSHOP DE BIODANÇA
Sistema Rolando Toro
tema:
A AFECTIVIDADE
Facilitadora:
GEANE BONFIM

Rolando Toro, criador do Modelo Teórico Biocêntrico, do Sistema Vivencial e Pedagógico da Biodanza, do Princípio Biocêntrico e da Educação Biocêntrica, define a “Afectividade” como um estado de afinidade profunda com os outros seres humanos, capaz de dar origem a sentimentos de amor, amizade, altruísmo, maternidade, paternidade, solidariedade.

Pode gerar também sentimentos opostos como a ira, o ciúme, a insegurança e a inveja também consideradas componentes desse complexo fenômeno (TORO, 2002:90).

Assim como a amorosidade permeia o universo e lhe dá integração dinâmica e criativa, a Afectividade em nós está presente em todas as dimensões do nosso ser e da nossa acção. O afecto é o dinamismo que está na origem, na base, no processo, nas estruturas e no significado de tudo que somos e fazemos. É semelhante à água, que se relaciona a todas as dimensões do nosso corpo quando estamos imersos nela. A Afetividade envolve a totalidade de nosso ser.
Actualmente, a Afectividade expressa-se numa cultura e numa organização social profundamente patológica como processo antivida instaurado em todas as dimensões pelo modo de ser e de viver competitivo ocidental.
Somos envolvidos pelo afecto no próprio acto da concepção. Se neste acto os pais não estão envolvidos pelo amor, a tendência será que uma série que de situações não-saudáveis e processos patológicos se possam desencadear.
As adversidades relacionais de uma família, contudo, podem desencadear um processo de reacção saudável e de superação dos limites numa criança, num adolescente ou num adulto. No percurso do desenvolvimento da vida, o afecto é o clima, o solo, o cuidado protetor e nutritivo que permite e facilita um desenvolvimento saudável da pessoa.
Ressalve-se que sempre existe possibilidade de qualquer pessoa adoecer afectivamente por sentimentos de ciúme exagerado, raiva excessiva, violência, ódio. Segundo Ronaldo Toro, a dimensão mais patológica do afecto é a discriminação racial, onde já se realiza uma dissociação profunda entre a sensibilidade e a Afectividade.